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Imersa em Livros
No silêncio da noite que se alonga, Entre páginas que o tempo não alcança, Mergulho em mundos que a tinta arrasta — Histórias são rios, e eu, viajante à deriva.
Letras dançam como sombras na chama, Personagens velhos sussurram minha alma. Um castelo de papel, labirinto sem fim, Onde cada livro é um portal para mim.
Nas entrelinhas de um verso, Descubro almas em disperso: Amores que nunca vivi, Lutas que não enfrentei, E nas dobras do papel, Encontro o que escondi de mim.
A tinta escorre, mancha os dedos de inquietação, Cada capítulo um abraço, cada página uma canção. Sou navegante de mapas nunca traçados, Em mares de perguntas, em ventos calados.
A luz do luar se confunde com a manhã, E eu, imersa em livros, desfaço a solidão: Nas asas de um poema, renasço e me perco... Afinal, quem sou eu além do que levo dentro do texto?
Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 06/05/2025
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