![]() Dos Lábios, uma Rosa
Nasceu dos lábios uma rosa, frágil, de pétalas em murmúrio, alimentada pelo sopro da voz que a ventania não desfaz no escuro.
Na luz, sua cor é um verso aberto; na sombra, segredo de outono e orvalho. Entre o dia e a noite, tece um laço incerto: flor que fala sem nome, sangue e espelho.
Um beijo a regou — raiz de instantes —, e em seu centro dançam abelhas de prata. Mas os espinhos, lembranças ambulantes, guardam o que os lábios calaram na mata.
O tempo a consome, mas não a derrota: outono a veste, inverno a cobre de mito. Na primavera, renasce — lírica e surda —, poema que os lábios escrevem infinito.
Rosa do silêncio, brota na alma, e na boca do mundo, vira jardim. Quem a colhe? Só quem entende a calma de um amor que é verso... e nunca tem fim.
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Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 05/05/2025
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