Final da primavera 

As flores, antes vibrantes, agora se entregam ao tempo. Suas pétalas, que dançavam ao vento, lentamente se despedem da luz do dia. O perfume doce que preenchia o ar se dissolve em memórias, enquanto os raios de sol, mais tímidos, aquecem um mundo que já foi repleto de cores. A natureza respira um lamento suave, um eco de beleza que se transforma em saudade. E assim, no silêncio da tarde, a estação se despede, deixando um rastro de melancolia e esperança no coração.

 O ciclo da vida se revela em suaves transições. As cores vibrantes que antes abraçavam os campos agora se tornam sombras sutis, um sussurro da beleza que já foi. As folhas, que dançavam em harmonia, começam a cair, como se estivessem se despedindo de um tempo de alegria. O ar, antes perfumado de flores, agora traz um frescor mais frio, quase nostálgico. Enquanto o sol se esconde mais cedo, um silêncio profundo envolve a paisagem. É um momento de reflexão, onde a natureza ensina que até as coisas mais lindas precisam descansar e se preparar para o renascimento que virá.

O sol, como um artista, começa a pintar o céu com tons dourados e quentes. As manhãs se alongam, convidando risos e brincadeiras sob seu calor envolvente. As flores  ainda se abrem em um festival de cores vibrantes, enquanto os pássaros cantam melodias de alegria. O ar se enche de promessas de dias ensolarados, onde as tardes são eternas e as noites, iluminadas por estrelas dançantes. As ondas do mar sussurram segredos de liberdade, chamando todos para mergulhar em sua frescura. É tempo de celebrar a vida, de abraçar cada momento com gratidão e entusiasmo, pois a estação da luz e da alegria está prestes a começar.