Ana Lago de Luz

E na beleza das flores... e nas ondas do mar!

Textos


  - cenas cotidianas 37

 

 

A Chamada Enigmática

 

Numa tarde ensolarada de sábado, enquanto caminhava pelo parque, Sofia sentiu seu celular vibrar no bolso. Ao atender a ligação, uma voz distorcida e enigmática sussurrou palavras incompreensíveis do outro lado da linha, fazendo seu coração acelerar e arrepios percorrerem sua espinha.

Sofia parou no meio do caminho, olhando ao redor com os olhos arregalados, tentando discernir se aquela chamada estranha era fruto de sua imaginação ou se algo verdadeiro e insólito estava acontecendo. A voz parecia ecoar em sua mente, como um enigma a ser decifrado em meio ao silêncio perturbador do parque.

Enquanto o sol lançava seus raios dourados entre as copas das árvores, Sofia sentiu um calafrio percorrer seu corpo quando a voz misteriosa proferiu seu nome, seguido por uma série de números desconexos e uma frase enigmática que parecia carregar um significado oculto e ameaçador.

Com as mãos trêmulas e a respiração entrecortada, Sofia tentava manter a calma e raciocinar diante da situação surreal que se desenrolava diante dela. A ligação persistia, como um elo tênue entre o mundo conhecido e um reino de mistérios insondáveis que a puxava para dentro de um abismo de incertezas.

Enquanto os passantes seguiam seus trajetos alheios à agonia silenciosa de Sofia, ela sentiu-se envolvida por uma aura de paranoia e desconfiança, questionando cada sombra, cada movimento ao seu redor como se estivesse sendo observada por olhos invisíveis que a sondavam implacavelmente.

Com a voz distorcida ainda ressoando em seu ouvido, Sofia tomou uma decisão impulsiva e desligou o telefone abruptamente, desejando afastar-se daquela chamada enigmática que havia perturbado sua paz e lançado uma sombra de mistério sobre sua tarde tranquila no parque.

E assim, com o coração ainda palpitante e a mente mergulhada em especulações sombrias, Sofia retomou seu caminho pelo parque, deixando para trás o eco daquela chamada estranha que havia irrompido em sua vida como um presságio sinistro de eventos por vir.

Aguardou uma nova chamada que não aconteceu. Logo esqueceria o acontecido. Ou não. 

 

 

Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 10/09/2024
Alterado em 10/09/2024
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