ÁRVORES SONETAM VENTOS
Coisa miúda pode o temível vento Quando nas árvores até balançam Contanto história do velho tempo Até as raízes profundas alcançam
Os criadores de palavras sonetam Com a candura de verso exposto Numa mente criada eles esperam Aquilo que era para ser o oposto
As árvores se insinuam vistosas Para sonetarem são caprichosas No vento poetizado e apressado
Passarinho percebeu estranheza No poema não enxergou a clareza O canto da árvore era muito enigmático
Soneto inspirado em leituras de Manoel de Barros.
Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 06/03/2024
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