Naufraguei em sonhos As intempéries da vida Sem água para boiar Sem me sustentar Fiquei ancorada Agarrada Ao tronco envelhecido Do passado Enraizado caule Me fiz Era a única saída Para um coração Ferido. Naufrágio de sonhos Um mar sem água Imensidão de terra Firme A seiva escorreu em Lágrimas Passagem de ida Floresta densa e úmida Minha caminhada No escuro. Uma vez socorrida Tornei-me árvore Ressequida. Uma árvore naufragada Na vida. Sentida tamanha dor Explosiva. Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 14/01/2024
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