Faz silêncio no rio, floresta úmida e fria, do meu ser. Ruidosa alma, encerrada num corpo mudo. Um silêncio que grita, escondido na vegetação do rio a fluir... A floresta tem seus encantos, um pássaro que canta, o pio da coruja, um galho que quebra... São ruídos do meu silêncio... Imóvel e sofrido ser. Sorrateiramente, pés descalços, nenhum som. Abstenho-me do barulho... A floresta grita, numa alma que não se cala... presa fácil, para um corpo sedento de vida... Jogo pedras no rio, versos que insistem brotar do negrume do céu , uma estrela cadente, fria, silenciosa. Passos miúdos por entre a terra úmida. Floresta da minha resistência... Em fluir, em versejar, em ter amado um dia. O ruído do silêncio,taciturno, escrito a sangue, bebe algumas gotas, da nascente, onde surge o dia... amanhece. Noite eu fui um dia, Renascida na manhã fria, Calada e muda... Mas tenho todos os sonhos... Ruidosas pegada sobre folhas... Ainda existo.
Ana Lago de Luz
SILENCIA-ME
A natureza cerca-me com vidas, Que num grande todo me silencia, Pra minh' alma sentir-se percebida, No ambiente que adentrou vazia... Um silêncio ruidoso, Tem um "Q" de poderoso, Nas mensagens que são ditas, Usando a telepatia, A natureza cerca-me com vidas, Que num grande todo me silencia...
Ana Pujol e Jacó Filho
Enviado por Ana Pujol em 31/07/2023
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