Quando sobre o abismo da morte O poeta escreve terra, na palavra ele se apaga E suja a página de areia. ( Mia Couto)
Sobre a terra que pisa, Está a ancestralidade, minha sina... Contar a minha história, sons mudos de meus irmãos, sonâmbulos... De uma guerra triste, mutiladas almas, Crianças perdidas, brinquedos perdidos , Ao som de explosões. Ao caminhar em campo minado, sei que ainda Temos sonhos... abençoados... Suja a página com areia do tempo, inexato. Já refeito pontes e estradas Podemos caminhar ... caminhos que levam, E trazem um povo sofrido de existir. Minha mãe África, deito uma letra ainda suja de suor e lágrimas. escrevo apenas: Cuida dos meus irmãos. Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 17/07/2023
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